31 de maio de 2011

A Horta Global


Há muito tempo que procuramos, além das práticas diárias a que nos obrigámos a cumprir na nossa vida pessoal, (poupança de recursos, reciclagem, etc.) aquilo que podemos fazer para melhorar o planeta!

Como somos aficionados por horticultura, pensámos que, se todos os cantinhos do planeta fossem aproveitados para neles se cultivar uma horta biológica, seriam inúmeros os benefícios daí retirados:

 1 - Sabemos que estamos a consumir legumes sem herbicidas, fertilizantes químicos e pesticidas. Ao consumirmos vegetais fertilizados, estamos a permitir que todos os químicos utilizados no seu cultivo entrem na cadeia alimentar, nos lençóis freáticos, na atmosfera, etc. causando desequilíbrios biológicos e poluição. E é tão fácil cultivar e obter os melhores resultados sem tóxicos, que nem sequer compreendemos porque é que os agricultores convencionais os utilizam! Podemos utilizar a rotação e consociações de culturas, a limitação natural, cobertura do solo, adubos verdes, compostagem, etc - soluções gratuitas contra os químicos comerciais!
2 - Ao consumirmos vegetais cultivados à nossa porta (ou na nossa região), diminuímos os efeitos da poluição causada pelo seu transporte (para quê importar, quando podemos cultivá-los?).
3 - Se todas as varandas e terraços das nossas cidades tivessem plantas realizando a fotossíntese, transformariam o Dióxido de Carbono em Oxigénio, controlando o efeito de estufa, e o ar seria mais limpo e saudável.
4 - O facto de ser possível fazer compostagem e minhocompostagem em varandas, iria canalizar todos os restos de jardim e cozinha para serem transformados em composto, diminuindo substancialmente o volume de resíduos colocados nos contentores do lixo.

O nosso ideal é transformar o planeta numa imensa Horta, pelas razões anteriormente apontadas, e porque acreditamos que será a melhor forma de erradicar a poluição, as doenças causadas pelos químicos na alimentação e a fome ao nível mundial!

Queríamos que todos se juntassem a esta causa!

A Cidade das Hortas

30 de maio de 2011

Vermicompostagem ou Minhocompostagem

A vermicompostagem ou minhocompostagem realizada quase exclusivamente por minhocas, surge como opção simples de reciclar os resíduos alimentares e de obter húmus com excelentes propriedades para fertilização do solo, sem recurso a fertilizantes sintéticos, preservando o ambiente e aproveitando para conhecer melhor este ser vivo.

Este tipo de compostagem pode ser feita ao ar livre, no jardim ou no quintal, mas também no seu apartamento, caso não exista espaço exterior disponível para a compostagem tradicional. Este processo é apropriado para a produção de húmus, a partir de restos vegetais de cozinha, como alface, batata, cenoura, caroços de maçãs e cascas de fruta. Os frutos preferidos das minhocas são o melão e a melancia.

Existem milhares de espécies de minhocas, mas são poucas as espécies que proliferam em ambientes de alta concentração orgânica como na vermicompostagem. São criadas 3 espécies comercialmente: Eisenia Phoetida (minhoca vermelha da Califórnia), que se reproduz rapidamente, Lumbricus Rubellus (minhoca dos resíduos orgânicos) e Eudrilus Eugeniase (minhoca Gigante Africana), sendo as duas primeiras as mais utilizadas pelos criadores.

A Eisenia Phoetida é reconhecida facilmente como minhoca vermelha da terra. Encontra-se em terrenos húmidos e é muito frequente nas zonas rurais Portuguesas. Uma minhoca vermelha gera, em condições óptimas, cerca de 1500 crias por ano.

Se pretende fazer vermicompostagem deverá cumprir os seguintes passos:
1.      Escolha do local onde será instalado o vermicompostor (recipiente para minhocas)
2.      Escolha do vermicompostor
3.      Construção/Aquisição do vermicompostor
4.      Alimentação das minhocas
5.      Muda de cama e recolha do vermicomposto (composto originado na vermicompostagem e constituído pelos excrementos de minhocas)


1. Escolha local


O vermicompostor (recipiente para minhocas) deve ser colocado num sítio propício ao desenvolvimento das minhocas, ou seja, com as seguintes características:
-          Grau de humidade da cama das minhocas (material que providencia um ambiente húmido e arejado, propício ao desenvolvimento das minhocas, especialmente uma mistura de papel cortado em tiras finas humedecidas em água) em torno dos 30% (verificar regularmente)
-          Abrigado da luz, frio e calor (por exemplo em sítios frescos e à sombra): temperatura entre 16 e 22 ºC, podendo suportar até 30 ºC
-          Área levemente inclinada para evitar encharcamentos na época das chuvas (cuidado a ter para compostores ao ar livre)
-          Facilidade de acesso a água potável, energia eléctrica e matéria orgânica
-          Arejado
-          Solo com pH entre 5 e 9
-          Longe do barulho de máquinas

2. Escolha vermicompostor


A escolha do vermicompostor deve ser feita tendo em atenção a sua capacidade, adequada à produção de resíduos que pretende eliminar; ao espaço disponível; à durabilidade; à garantia e ao custo. Por exemplo, uma caixa construída em madeira não tratada apodrece em 4 ou 5 anos devido às condições de humidade necessárias para as caixas de minhocas; já as caixas em plástico durarão muito tempo se forem mantidas ao abrigo de luz solar.

Poderá construir manualmente o seu próprio vermicompostor ou adquiri-lo comercialmente, existindo diferentes tipos de vermicompostores:

·         Canteiros de alvenaria, os mais usados na criação de minhocas. Possuem um 1m de largura,  30 cm de altura e o comprimento desejado. O piso deve ser revestido de terra batida e o local deve ter um pequeno declive para evitar encharcamento.

·         Ninho box, que consiste em caixas suspensas em prateleiras, não necessitando de separar o húmus, pois as minhocas migram de uma caixa para outra. A área para a localização das caixas é pequena, há um melhor controle de produção e o combate aos inimigos é fácil e eficiente. Cada caixa tem 50 cm de comprimento, 25cm de altura e a parte inferior de cada caixa deve ter uma tela que só permita a passagem de minhocas para a caixa inferior.

·         Caixas de madeira, plástico ou vidro, a opção mais barata e que também ocupa pouco espaço. A caixa poderá ser uma gaveta velha ou um aquário que já não tenha uso, devendo ter cerca de 60 x 30 cm de base e 25 cm de altura.

Os vermicompostores devem ter uma grande superfície relativamente à altura, para melhor arejamento e distribuição de comida.

As minhocas usadas no ninho box ou nas caixas não são as mesmas que as encontradas nos jardins. Estas últimas, como necessitam de maior profundidade de solo, são adequadas à compostagem no exterior. As minhocas domésticas (de jardins) alimentam-se de matéria orgânica e de terra, pelo que podem ter no seu interior resíduos de fezes e outros sólidos. A sua importância está directamente ligada ao arejamento do solo para a agricultura ou para jardins e como alimento de pássaros, galinhas e pequenos animais. As minhocas vermelhas vivem próximo a superfície, sendo por isso mais adequadas para as caixas.

Para fazer compostagem doméstica não necessita de um compostor. Se tiver um quintal basta amontoar o material que será compostado, dando-lhe a forma de uma pilha/pirâmide, com aproximadamente 2 m de diâmetro na base e pelo menos 1 m de altura. Pilhas de menores dimensões não aquecem o suficiente para que o processo de decomposição ocorra de forma adequada. Pode alternativamente escavar um buraco na terra com cerca de 60 cm de diâmetro e 25 a 40 cm de profundidade, onde irá colocar os resíduos orgânicos, que deverá cobrir de seguida com uma camada de terra ou folhas secas. Com o tempo, o material decompõe-se, tornando a terra mais rica em nutrientes.

A compostagem numa pilha acontece com ou sem minhocas, pelo que não precisa adicioná-las; além disso estas dirigem-se para a pilha sozinhas, principalmente se adicionar uma camada de café na base da pilha, que as minhocas gostam muito.

3. Construção do vermicompostor (tipo caixas de madeira, plástico ou vidro)

Para trabalhar com minhocas, sem as ferir, deve escolher ferramentas sem arestas vivas. Irá precisar dos seguintes utensílios:
  • Peneira ou coador, para obter o chá de composto (ler método balde)
  • Luvas de borracha, para manuseio de minhocas (protecção contra patogéneos)
  • Ancinho, para revolver a cama
  • Pá, para recolher o húmus
  • Regador, para molhar a cama
  • Termómetro, para medir a temperatura da cama
  • Pulverizador, para molhar as minhocas

Nota: quando expostas à luz ou prestes a secar, as minhocas libertam um líquido amarelo que pode cheirar a alho (não se trata de urina), para humedecerem o meio. Pulverize as minhocas com água enquanto está a trabalhar com elas para evitar a libertação do líquido.

Material para construção do vermicompostor

Caixa de plástico ou madeira, com tampa e cerca de 60 x 30 cm de base e 25 cm de altura
Berbequim e broca de 0,5-0,6 cm de diâmetro
Terra
Luvas

Procedimento
1. Forre uma mesa com jornal e calce luvas.
2. Com o berbequim faça vários furos no topo dos lados da caixa para haver ventilação e no fundo para evitar acumulação de água.
3. Junte 3 ou 4 chávenas de terra num canto da caixa para introduzir microrganismos benéficos que vão ajudar à digestão feita pelas minhocas, como bichos da conta, aranhas e centopeias. Pode alternativamente adicionar cama de minhocas de outra caixa que já esteja em actividade.

Para evitar o ataque de predadores de minhocas como galinhas, porcos, cães e outros, coloque telas de arame junto ao vermicompostor.

A dimensão dos orifícios deve ser suficientemente pequena para evitar a entrada de moscas, caso contrário, coloque uma rede nos orifícios para esse fim. Além disso, pode cobrir o leito com plástico pois as moscas da fruta podem ser um problema. Substâncias pegajosas, como as que são usadas para evitar que os insectos trepem pelas árvores de fruta, podem ser espalhados na base da caixa se as formigas se tornarem um problema.

4. Alimentação de minhocas


a) Coloque as minhocas (vermelhas da Califórnia) por cima da terra (ou da cama) do vermicompostor. No mínimo deverá ter ¾ de litro de minhoca por m2 e no máximo 4 litros ou junte 300 g de minhocas por cada kg de lixo produzido por semana.
b) Rasgue folhas de jornal em tiras de 1 a 2 cm de largura. Evite papel com tintas de cor porque os metais pesados são prejudiciais às minhocas e contaminam o composto.
c) Mergulhe as tiras rapidamente em água para as humedecer (não é recomendável que fiquem demasiado molhadas) e, em seguida, amarrote-as sem compactar demasiado.
d) Coloque comida, cortada em pedaços pequenos, para facilitar a decomposição, junto das minhocas.
e) Deixe a caixa de minhocas em repouso, sem adicionar comida durante 2 a 3 semanas, para que as minhocas se possam habituar ao novo ambiente e comecem a decompôr os restos de comida.
f) Após as semanas iniciais, adicione comida à caixa 3 ou 4 vezes por mês: afaste um pouco a cama e espalhe uniformemente os restos de comida; cubra novamente com a cama. Revolva cuidadosamente o material com um ancinho.

Adicione tiras de jornal humedecido sempre que seja necessário manter a comida tapada ou o teor de humidade e evitar atrair moscas.

Feche a caixa com a tampa após cada operação de adição de minhocas, comida ou tratamento da cama.

5. Recolha do composto


Existem vários métodos para recolher o composto ou para renovar a cama (a renovação deve ser feita 3 a 4 vezes por ano) da caixa de minhocas, tais como:

Método da migração – arraste o conteúdo do vermicompostor para um dos lados da caixa. Na parte que fica vazia, coloque uma nova cama e adicione comida só a esse lado. Ao fim de algum tempo, as minhocas já migraram do composto para o lado fresco (1 a 2 semanas); este método é lento mas exige pouco trabalho, sendo o mais aconselhável para principantes. A adição de borras de café à cama nova acelelará o processo.

Método do balde – despeje todo o conteúdo do vermicompostor num balde e adicione um pouco de água fria. As minhocas não terão problemas durante 1 ou 2 minutos. De seguida, coe o conteúdo do balde para outro balde. O líquido coado, chá de composto, pode ser usado para regar as plantas, após diluição numa proporção de 1:10, substituindo os líquidos sintéticos. O chá de composto pode ser guardado em garrafas de plástico. As minhocas, a cama e a comida são colocadas de novo no vermicompostor.

Método da luz – faça pilhas do composto e incida uma luz forte por cima durante alguns minutos; ao sentirem luz, as minhocas movem-se para o interior da pilha, pelo que a parte mais superficial fica sem minhocas e pode ser retirada. Repita o processo até só ficar um bolo central de minhocas, que volta para o vermicompostor, com nova cama.

Método de separação manual – espalha-se o conteúdo do vermicompostor em cima de um plástico/folha de jornal. Colhem-se as minhocas até que a maior parte destas tenha sido separada do composto e adicionam-se à caixa de minhocas, já com a nova cama.

O composto separado deve estar à temperatura ambiente quando aplicado em plantas ou incorporado no solo. Uma boa forma de aplicar o composto no solo é dissolvê-lo em água. A solução deve ser preparada no momento da aplicação: encha uma garrafa com húmus até 1/3 do seu volume, com a ajuda do funil. Os outros 2/3 da garrafa devem ser preenchidos com água. Depois de agitar bem a mistura, o húmus dissolve-se e estará pronto para ser aplicado na irrigação das plantas.

Perda de actividade/fuga das minhocas

A existência de condições desfavoráveis ao desenvolvimento das minhocas, como: grandes ruídos (exemplo: trovoadas), falta de alimento, superpopulação, temperatura, pH e humidade da cama inadequados, pode conduzir à fuga das minhocas do vermicompostor (normalmente realizada à noite) ou a sua perda de actividade, que pode conduzir à morte. Algumas das soluções para estas perdas de actividade ou fugas podem ser consultadas na tabela 1.


Tabela 1 – Problemas, causas e soluções na vermicompostagem
Problema
Causa possível
Solução
Minhocas acumulam-se nas camadas superiores do minhocário; cama muito húmida
Excesso de água
Renove a cama; junte mais tiras de jornal secas e não adicione comida com muita água, como o melão
Minhocas acumulam-se no fundo do minhocário; cama muito seca (ou seja, se não escorrerem gotas de água ao espremer um punhado de matéria orgânica do canteiro)
Falta de água
Borrife a cama com água
Odores desagradáveis
Cama pouco arejada
Adição de comida em excesso
Interrompa a adição de comida e Revolva bem a cama                 Se tiver cebolas e bróculos, retire-os, pois estes não cheiram bem quando decompostos
Minhocas começam a comer os excrementos (que lhes são tóxicos)
Pouca comida
Cama precisa de ser mudada
Adicione comida                    Mude de cama
Excesso de resíduos no canteiro ou presença de moscas
Adição de comida em excesso
Interrompa a adição de comida e revolva o material
Cheiro a bafio
Alimentos difíceis de compostar, como carne, peixe, lacticínios e gorduras
Não ponha esses alimentos no canteiro
Aparecimento de moscas
Decomposição lenta
Ambiente ácido (excesso citrinos)
Não use alimentos podres
Dê comida suficiente, variada e cortada aos pedaços
Enterre os alimentos na "cama das minhocas"
Retire a comida em decomposição
Coloque uma taça com vinagre e uma gota de detergente da louça perto do compostor
Não exagere nos citrinos  
Exponha o canteiro ao ar sem luz directa durante algumas horas
Tire as minhocas e faça nova cama

Fonte: http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Pages/Vermicompostagem.aspx

23 de maio de 2011

A Compostagem II


Como poderemos saber se o processo de compostagem está a decorrer normalmente e quando é que o composto está pronto?

Um teste bastante fácil de se fazer é o "teste da vara de madeira", e consiste em introduzir uma vara de madeira na pilha do composto, deixando-a permanentemente enterrada, removendo a vara somente para as verificações. Ao retirar a vara podem ser feitas as seguintes observações:

Se a vara estiver:

Fria e molhada – na pilha não está havendo fermentação, provavelmente por excesso de água na massa;
Levemente morna e seca, com traços de filamentos de fungos – a pilha necessita de mais água;
Quente, húmida e manchada – as condições para compostagem estão correctas;
Livre de terra preta e com cheiro a mofo, podendo ser introduzida na pilha novamente e facilmente – O composto está pronto para ser usado.

Problemas na compostagem e respectivas soluções:

Mau cheiro – poderá ter origem num excesso de humidade ou na falta de arejamento. Para evitar que isto aconteça, coloque mais castanhos na pilha, e revire-a com mais frequência.

Baixa temperatura – A pilha pode estar muito pequena, não havendo condições para a fermentação – há que aumentar o seu tamanho. Poderá também ter humidade insuficiente – é necessário regar; Outras soluções possíveis são remexer a pilha, promovendo o seu arejamento, ou ainda adicionar Verdes, que levarão humidade para a pilha, facilitando a fermentação.

Alta temperatura – ou a pilha está demasiado grande e será necessário fragmentá-la, ou tem falta de arejamento.

Pragas e pestes no composto – retirar todos os ingredientes que não constam da lista já apresentada, e cobrir com Castanhos ou terra.

13 de maio de 2011

A Compostagem I


A compostagem mais não é do que, a grosso modo, um processo de se “fazer” terra rica em nutrientes – é um processo de reciclagem de matéria orgânica, a qual é decomposta pelos diversos agentes existentes no solo, transformando-se num substrato rico em nutrientes: o composto.

A compostagem caseira permite aproveitar restos de matéria orgânica que, habitualmente iriam para o lixo, o que levará a uma diminuição dos resíduos encaminhados para tratamento ou para aterros sanitários, traduzindo-se numa medida amiga do ambiente.

Materiais utilizados no composto

São vários os ingredientes possíveis para a elaboração do composto.
Na lista de materiais possíveis devemos distinguir os resíduos VERDES dos CASTANHOS. Os resíduos Verdes, são mais ricos em azoto e são normalmente húmidos. Os resíduos Castanhos são mais ricos em carbono e normalmente são secos.

Resíduos VERDES:
  • Restos, não cozinhados, de legumes e fruta
  • Restos de plantas do jardim
  • Aparas de relva
  • Sacos de chá
  • Borras de café
  • Cascas de ovos

Resíduos CASTANHOS:
  • Folhas secas
  • Podas e aparas de sebes, incluindo lenhosas
  • Casca de batata
  • Jornais e cartão rasgados
  • Palha ou feno
  • Aparas de madeira e serradura

Materiais a evitar:

5 de maio de 2011

Reciclagem na Horta II

Para servir de local definitivo para as nossas hortícolas, são várias as possibilidades conseguidas com a reciclagem de utensílios do dia-a-dia (atenção, todos os recipientes deverão ser perfurados na base):


Garrafas e Garrafões de água:
Retiramos a parte de cima das garrafas, e estas servem de vaso.

Se utilizarmos a garrafa inteira, fazendo pequenos furos na tampa, obteremos um óptimo regador.

Podemos utilizar os garrafões na vertical, abertos na lateral em cima, os quais poderemos pendurar como um cesto. São ideais para ervilhas, tomates cherry, etc.

Podemos também utilizá-los na horizontal, substituindo na perfeição os tradicionais vasos.


A parte de cima dos garrafões pode ainda ser aproveitada para estufa quando as plantas jovens ficam expostas à geada.


Sacos de compras reutilizáveis:
Os sacos de compras reutilizáveis também servirão de canteiro ou floreira.

Pacotes de leite:
Se recortarmos pacotes de leite, estes albergarão com comodidade, couves, alfaces, tomates, pimentos, entre outros.


Caixotes de feira:
Fazem lindas estantes e floreiras.


Pneus:
Canteiros criativos com pneus usados!

Móveis velhos:
Porque não aproveitar móveis que se deitam fora, para fazer uma decoração original e neles dispor as nossas plantas? Ideais para qualquer horta ou jardim.

Esperamos que, com muita criatividade, adaptem estas e outras ideias aos vossos espaços, e tornem a vossa horta num local agradável, onde possam desfrutar do contacto com a natureza.

4 de maio de 2011

Reciclagem na Horta I

Caixa de Take-away
Muitas pessoas não fazem ideia de quanto poderão gastar na construção de uma horta na varanda ou terraço.

Mesmo que esta actividade envolvesse custos mais significativos, valeria sempre a pena pela experiência em si, pela terapia anti-stress que nos proporciona, pela vertente pedagógica quando é solicitada a participação das crianças, e pelo facto de nos permitir o consumo de legumes isentos de tóxicos.

Se reciclarmos objectos de uso diário na horta, não só estamos a ter uma atitude ecológica de reutilização, como conseguiremos fazer uma horta com custos irrisórios.

Para começar, os custos inevitáveis são o da aquisição de terra (para quem não tem terreno ou canteiros), sendo que o preço médio de um saco com 50 litros de terra está entre os 3,5€ e os 6€, e os da aquisição de sementes – cada pacote custa entre 0,70€ e 2€.
 



Tudo o resto poderá resultar do reaproveitamento de coisas que, normalmente seguiriam para o contentor do lixo ou da reciclagem.





Exemplos:

Para iniciarmos a nossa horta, e começando pela sementeira, em vez dos tradicionais tabuleiros de germinação, porque não utilizar copos de iogurte, embalagens de margarina, caixas de take-away, e garrafas de plástico?
Basta ter o cuidado de perfurar os recipientes na base, de modo a permitir o bom escoamento do excesso de água.

 
Copo biodegradável
Existem copinhos biodegradáveis para sementeira, à venda nas casas da especialidade, cuja vantagem é o facto de não termos de retirar a plantinha do seu interior para a colocarmos no local definitivo, enterrando o copo, que se irá degradar deixando de obstruir o desenvolvimento das raízes. Para os substituirmos, podemos utilizar os rolos de papel higiénico, da seguinte forma:





         
Rolo de papel higiénico



 
Embalagem de leite recortada e perfurada


Estas são as ideias que podemos utilizar numa primeira fase de construção da horta, a fase da sementeira.

Mais à frente, iremos ver várias opções de reciclagem que nos permitirão fazer a horta, desta vez já colocando as plantas no seu local definitivo!


2 de maio de 2011

Preparando o Terreno

Depois de termos planeado a estrutura da horta, há que preparar o terreno (pelo menos no caso da horta horizontal).
Assim, começamos por retirar as pedras e grumos de terra maiores, ervas daninhas e plantas velhas. Seguidamente, é necessário nivelar o terreno – o que pode ser feito com as costas de um ancinho.
Em seguida, e principalmente no caso de solos pobres, será necessário fertilizar. Como estamos na presença de uma horta biológica, não queremos os químicos dos fertilizantes industriais, mas utilizaremos estrume ou composto (falaremos do composto mais à frente), o qual deverá ser incorporado no solo, com uma enxada ou um sacho, consoante as dimensões do espaço a tratar.