28 de abril de 2011

A Horta em Recipientes

Tipos de Recipiente:

Quase qualquer tipo de contentor poderá servir o cultivo de hortícolas, desde que cumpra algumas condições:

- Boa drenagem – os recipientes deverão ser perfurados no fundo ou nos lados junto à base. Para melhorar a drenagem, podemos ainda cobrir o fundo do vaso com gravilha, pedrinhas ou pedaços de tijolo partido.

- Tamanho - a maioria das hortícolas requer, no mínimo, de 15/17 cm de profundidade de substrato (isto no caso das plantas que crescem acima do solo, pois no caso dos que crescem para baixo, como as cenouras, será necessário mais - cerca de 25 cm).

- Superfície porosa ou não porosa – os recipientes em plástico ou resina retêm a humidade por mais tempo dos que os recipientes porosos, como os de terracota. Se, por um lado, isto possa ser uma vantagem, por exigir menos frequência na rega, por outro, promove menos o arejamento o que aumenta a possibilidade de aparecimento de fungos.

- Substrato – na utilização de recipientes também é muito importante a escolha de um bom substrato, no sentido em que este não deve ser muito argiloso e compacto, pois as raízes das plantas também necessitam de ar.

Localização:

Quase todos os vegetais necessitam de sol/luz natural para se desenvolverem. As plantas que dão fruto, como o Tomateiro, Beringela, Pimento, Pepino, são aquelas que precisam mais de sol. Por outro lado, os vegetais de folha (alface, couve, espinafre, salsa) são os que toleram melhor a sombra. Já as raízes como as cenouras, nabos e cebolas, necessitam de mais luz. Os recipientes devem ser colocados num local onde tenham, pelo menos, 6 horas diárias de luz por dia.

Rega:

As plantas em recipientes exigem mais atenção à rega do que aquelas que estão em terreno, pois tendem a secar mais com o calor e o vento. Por outro lado, se não houver uma boa drenagem, as raízes podem deteriorar-se com o excesso de água, pois não receberão oxigénio suficiente.
Nunca devemos deixar o substrato secar totalmente entre regas ao nível das raízes, pois isto irá comprometer o desenvolvimento da planta.
A rega deve ser feita pela manhã ou ao final do dia, altura em que as temperaturas estão mais baixas perdendo-se menos água por evaporação.

Fertilização:

As plantas em recipientes requerem mais fertilização do que as que estão em terreno, pois têm menos substrato para dele obter nutrientes.


Apesar dos diversos aspectos a ter em conta, a horta em recipientes pode ser uma experiência memorável, uma forma de mostrar às crianças como crescem os legumes, levando-as a participar e estimulando a sua curiosidade em experimentá-los, e uma óptima terapia, pois oferece momentos relaxantes de contacto com a Terra e com a Natureza.

26 de abril de 2011

A Horta Vertical

A Horta Vertical consiste no aproveitamento de muros e paredes para neles se instalar uma estrutura que suporte os vegetais. Existem algumas opções tais como o sistema de bolsos, as prateleiras, treliças ou redes com recipientes, e ainda cestos pendurados. Tudo vai depender do local escolhido para albergar a horta (não esquecer que a luz natural deve ser um factor determinante nessa escolha).
                                                                             
Se optarmos por prateleiras, todos os recipientes contendo hortícolas devem ter a uma boa exposição solar. O melhor tipo de prateleiras para esta finalidade são as assentes em suportes de parede, pois permitem uma melhor circulação do ar (evitando o aparecimento de fungos devido ao excesso de humidade).
                                                                           
Podemos optar ainda pela instalação de uma rede forte, para pendurar recipientes para o plantio e por onde se possam conduzir as trepadeiras. Primeiro, será necessário construir uma estrutura em ferro ou madeira, onde se fixará a rede. Depois, basta escolher uma rede forte e fixá-la à estrutura. De seguida, há que fixar os recipientes: fazem-se dois furos nos recipientes e atravessa-se um arame para os segurar à rede. A rede deverá ser mesmo forte, pois devemos ter em linha de conta o peso dos legumes, quando estiverem maduros.


              
Os cestos pendurados, além de lindos elementos de decoração, são óptimos para os legumes que trepam, pois neste caso, irão tombar e preencher o espaço aéreo ao longo do cesto (ex: tomate cereja, ervilhas).

São várias as combinações possíveis para se tirar o melhor partido do espaço existente.
Ter sempre em atenção que a rega deve ser muito mais cuidadosa e frequente nas plantas em recipientes, pois estas tendem a secar muito depressa, principalmente no tempo quente. Não esquecer que todos os recipientes devem ser perfurados, pois o sucesso da horta também depende de um substrato bem drenado.
Uma vez estruturada, há que escolher as culturas que melhor se adaptem à horta vertical:
Plantas Aromáticas – Quem não gosta de salsa e coentros fresquinhos, acabados de colher! E os orégãos, a hortelã (atenção, plantar isoladamente, pois tem tendência a expandir-se), o cebolinho, etc. São plantas bastante fáceis de manter em recipientes, e dão outro aroma a qualquer prato, principalmente se forem frescas!
Tomates/Tomate Cereja – Além da sua cor magnífica dar vida a qualquer espaço, o tomateiro pode ser conduzido para cima numa rede ou treliça, bem como pode crescer para baixo noutro tipo de recipiente.
Pepinos – Podem ser conduzidos, tal como os tomateiros, embora necessitem de uma estrutura forte que os suporte.
Ervilhas – São óptimas trepadeiras, e agarram-se sozinhas às redes e treliças, crescendo sem ser necessário amarrá-las.
Feijões, Cenouras, Rabanetes, Alfaces, Pimentos, Beringelas… são várias as hortícolas que se adaptam a este sistema. Agora é apenas uma questão de usar a imaginação!


22 de abril de 2011

Vantagens dos Canteiros

Nas formas de Horta Horizontal, os canteiros apresentam inúmeras vantagens: no caso dos canteiros elevados a principal vantagem é a comodidade -  não temos de nos dobrar para plantar, manter e colher.  O facto de podermos circular à volta do canteiros, também nos permite ter acesso a toda a área de cultivo de uma forma fácil, e sem sujar os pés. Por outro lado, ao concentrarmos as plantações numa área definida, poderemos utilizar apenas a água necessária para as hortícolas, evitando que nos dispersemos a regar uma grande área, onde depois começarão a crescer daninhas.

20 de abril de 2011

Começando a Horta

Podemos pensar em três tipos de horta:
1 – A Horta Horizontal (clássica)
2 – A Horta Vertical
3 – A Horta em Recipientes

A Horta Horizontal é aquela que todos conhecemos – um terreno lavrado, onde se cultivam as hortícolas, e de onde podemos destacar os canteiros simples, e os canteiros elevados (na foto).

A Horta Vertical é aquela que aproveita muros, paredes e espaços na vertical. Como exemplo deste tipo de horta, temos as redes por onde se dispõem as trepadeiras que crescem a partir de vasos na base, ou o sistema de “bolsos” onde, em pequenas quantidades de substrato se cultivam algumas hortícolas como alfaces ou ervas aromáticas.

A Horta em Recipientes é, talvez, aquela que melhor se adapta a espaços mais reduzidos, como terraços e varandas, e são inúmeras as possibilidades desta opção.


Assim, basta começar a planear qual o melhor tipo de horta para o espaço de que dispomos! Boa sorte!

O Jardineiro

"Os que plantam sofrem com as tempestades, as estações, e raramente descansam.
Mas ao contrário de um edíficio, o jardim nunca pára de crescer. E, ao mesmo tempo que exige a atenção do jardineiro, também permite que, para ele, a vida seja uma grande aventura.
Os jardineiros reconhecer-se-ão entre si - porque sabem que na história de cada planta está o crescimento de toda a Terra."
in Brida


Paulo Coelho

19 de abril de 2011

Vantagens da Agricultura Biológica

São inúmeras as vantagens de cultivarmos os nossos próprios legumes.
Em primeiro lugar, sabemos que estamos a consumir legumes sem herbicidas, fertilizantes químicos e pesticidas. A saúde das nossas famílias está em primeiro lugar, e ao consumirmos vegetais fertilizados, estamos a permitir que todos os químicos utilizados no seu cultivo entrem no nosso organismo, afectando a nossa saúde das mais diversas formas, mas sempre com efeitos negativos.
De facto, para conseguir ganhar uma ou duas semanas no crescimento dos vegetais, os produtores de agricultura não biológica aplicam fertilizantes químicos que, a grosso modo, fazem inchar as moléculas da planta, as quais se enchem de água – por este motivo achamos que certos legumes não têm sabor – e podemos reparar que alguns chegam mesmo a rachar, pois a casca mais dura não cresce ao mesmo tempo que a polpa e estala com a pressão.
As moléculas, ao aumentarem de tamanho em tão pouco tempo, tornam o vegetal mais tenro – por isso se conservam por muito menos tempo do que os vegetais de agricultura biológica – e mais vulnerável a pragas. Assim, e para combater estas pragas, o produtor aplica pesticidas e herbicidas que irão, mais uma vez, encaminhar químicos nocivos para a cadeia alimentar – para o nosso organismo -  e poluir os recursos do planeta.

Concluindo, ao cultivarmos os nossos próprios legumes, estamos a zelar pela saúde das nossas famílias e a diminuir a nossa pegada ecológica – não só por dispensarmos os químicos nocivos, mas também por evitarmos a poluição causada pelos transportes dos vegetais, que percorrem, por vezes, longas distâncias.

14 de abril de 2011

O Projeto

Cada cantinho das nossas cidades, até mesmo uma varanda, pode ser aproveitado para nele se fazer uma horta biológica. Por que não experimentar?
Os legumes e frutas que habitualmente compramos no supermercado estão contaminados com químicos, e ao plantarmos segundo os métodos da agricultura biológica, estaremos a poupar no nosso orçamento, e a ganhar saúde!
Além disso, o contacto com as plantas e com a terra, é uma óptima terapia para aliviar o stress do dia-a-dia.
Vamos aproveitar cada centímetro quadrado de nossas varandas e terraços, e começar a plantar! 
Mãos à Obra!